Conheça a tecnologia Georreferenciamento
aplicada no controle de cupins subterrâneos

Controle de cupins subterrâneos com georreferenciamento da área infestada

A tecnologia de georreferenciamento aplicada ao controle de cupins subterrâneos demonstra a evolução no combate da praga. O diagnóstico permite identificar a área de pressão de infestação e os eixos de propagação dos isópteros. A eliminação das colônias de cupins é realizada por meio de estações de iscagens com substrato celulósico e ingredientes ativos, sem causar danos à saúde humana, animal e ao meio ambiente.

Danos causados por cupins subterrâneos

Os cupins subterrâneos são pragas destruidoras que promovem enormes danos econômicos. A infestação destes cupins em imóveis pode acarretar uma desvalorização superior a 10% de seu valor de mercado. Também causa o estigma de condomínios infestados. As árvores em áreas públicas têm gerado um grande passivo ambiental. Pois, quando infestadas passam a ser um reservatório natural de cupins subterrâneos, principalmente da espécie de origem asiática, o Coptotermes gestroi. Estes fragilizam o cerne das árvores, próximo ao solo, e com os ventos e tempestades, acabam provocando sua queda oferecendo riscos de acidentes graves.

Como os cupins transformaram em pragas urbanas

O Crescimento populacional intenso das últimas décadas afetou desmedidamente a harmoniosa composição faunística original, nativa nessa faixa tropical, nos locais agora ocupados por metrópoles. O perfil urbano mudou drasticamente sem um processo de urbanização prevendo a existência de um ecossistema de cupins que poderia ocasionar danos às edificações e nas áreas verdes nativas ou exóticas das áreas públicas. Com o crescimento das cidades houveram movimentações de solo, terraplanagem e aterramentos que afetaram algumas espécies nativas de cupins, enquanto que outras sobreviveram e se adaptaram ao meio urbano.

Cupins subterrâneos

Os cupins subterrâneos tem sido um problema sério nas áreas urbanas. São comumente vorazes e endógenos na estrutura edificada e nas árvores. Mostrando pouco ou nenhum sinal de sua presença e sendo observado somente quando a infestação se torna severa por meio de túneis externos. As principais espécies de cupins subterrâneos causadoras de danos e prejuízos econômicos são: A espécie de origem asiática, Coptotermes gestroi, os cupins Heterotermes tenuis e os Nasutitermes corniger.

Evolução dos conceitos e procedimentos de controle de cupins

As metodologias de controle de cupins vêm evoluindo nestas últimas seis décadas com resultados cada vez mais promissores. Podemos estabelecer cada fase evolutiva como a onda tecnológica. A primeira onda foi uma fase do pré-conhecimento com aplicações desordenadas de “veneno” por volta da década de 1970. A segunda onda o controle partia de uma base científica mínima. A terceira onda houve maior interação científica e prática a partir dos problemas gerados pelos cupins diante dos prejuízos econômicos. A quarta onda houve a compreensão da dinâmica da infestação urbana. Agora estamos passando pela quinta onda, a era digital empregada no controle, envolvendo o georreferenciamento.

Georreferrenciamento

Pelo diagnóstico da infestação são identificados os pontos de infestação. Pelo georreferenciamento são identificados as áreas de pressão de infestação, delimitando a área de forrageamento da colônia em aproximadamente 3.000m² a partir do ponto de infestação, estabelecendo assim, o eixo de propagação dos cupins. O levantamento da área infestada pode ser conduzido de modo colaborativo e ser compartilhado. Uma vez conhecido os pontos de infestação seja em imóvel, área comum ou pública deve ser iniciado um plano de tratamento e monitoramento seguindo um procedimento operacional estabelecido pelo Sistema Termitron®

Áreas de pressão de infestação

A análise de Áreas de Pressão de Infestação avalia a proliferação dos cupins do ponto de origem e sua amplitude. A árvore quando atacada por cupins subterrâneos no cerne continua com seu aspecto normal, mas geralmente sua estrutura fica fragilizada na base. Quando os cupins atacam as raízes, os ramos da copa começam a secar. Enquanto existe disponibilidade de celulose a população de cupins aumenta e quando a disponibilidade diminui ocorre a dispersão para outras áreas externas do entorno, onde árvores e imóveis serão suas próximas vítimas..

Extermínio da colônia de cupins subterrâneos

A tecnologia digital aplicada em vários níveis e formas é uma ferramenta indispensável no diagnóstico das áreas de pressão de infestação da colônia. O intuito é eliminar a colônia infestante mantendo a saúde ambiental, comprometendo com o bem-estar, gerando uma ecologia urbana saudável no mundo atual. As etapas de controle compreendem a instalação dos baits stations e monitoramento. São utilizadas iscas com reguladores de crescimento de insetos ou produtos de origem biológica à base de fungos entomopatogênicos. As iscas ficam alojadas em uma cápsula de polipropileno, instaladas em postos periféricos externos da estrutura e em pontos específicos da área de pressão de infestação.

Fonte: Livro: ““Arborização Urbana” - Autores: Milton Morato Villas boas Jr e Rubens Rugeri - - Editora Alshain Milton Morato Villas boas Jr é Médico Veterinário, Entomologista de Pragas Urbanas, com especialização em Vigilância Sanitária, com vivência em desenvolvimento científico e pesquisa de campo em controle de cupins. Rubens Rugeri é Engenheiro Industrial - área Química, com especialização em Engenharia de Segurança do trabalho e Engenharia Ambiental, com larga experiência profissional em controle de pragas.